Histórico de Internet trama autores do espectáculo “Fake”

© Christian Wiediger
Inês Barahona e Miguel Fragata não vão assistir à estreia do seu novo espectáculo, “Fake“, que se estreia em breve no Teatro Nacional D. Maria II, já que estão desde ontem em prisão preventiva. A dupla está indiciada por uma panóplia de crimes tão vasta que a Policia Judiciária ainda não as conseguiu reunir num só documento. No entanto, fontes que preferiram manter-se anónimas falam de burla qualificada, omissão de socorro, extorsão mas sobretudo homicídio na forma tentada.
A operação, a que a Judiciária deu o nome de Formiga Tóxica, teve início quando chegaram à Unidade de Cibercrime alertas de pesquisas suspeitas realizadas de forma frequente a partir de dois computadores na zona de Lisboa.
“Como matar o meu marido”, “Como matar a minha mulher”, “Quanto tempo demora raticida a actuar num humano”, “Qual a melhor faca para assassinatos”, “Qual a diferença entre esquartejar e espostejar” ou “Como fingir tristeza” foram algumas das milhares de pesquisas registadas.
A detenção aconteceu num momento-chave já que ambos se preparavam para ingerir bebidas que tinham sido previamente envenenadas pelos respectivos companheiros, sem que nenhum dos dois soubesse do acto criminoso do outro.
A defesa de Barahona e Fragata começou por alegar que as pesquisas se deviam à preparação do espectáculo “Fake” mas entretanto adoptou uma nova estratégia. A produtora e agora advogada Clara Antunes afirmou que os seus clientes vão alegar inimputabilidade “até porque toda a gente sabe que os artistas são absolutamente loucos”.